Trata-se de uma aldeia raiana do norte de Portugal, onde a busca de vida melhor, levou quase toda a sua população a migrar...ou para o estrangeiro ou para as cidades, deixando este cantinho de Portugal praticamente deserto.
Às condições adversas, apenas resistiram os mais idosos.
O vazio e o silêncio fazem-se sentir de forma mais intensa nesta altura do ano:o vento e o frio fazem arrepiar nossos membros e impedem de sair à rua e apreciar a linda paisagem das serras circundantes.
Já no verão, a situação inverte-se. A ruas da aldeia enchem-se de gentes e risos das crianças que vêm passar as férias...
Elas correm, brincam á solta, sem medo dos carros, das pessoas estranhas...
Aqui todos se conhecem, todos se falam, nem que seja para lançar um "então?"
Os risos e as gargalhadas entoam por toda a aldeia..como é bom ouvir a aldeia a viver!!
Ela é o ponto de partida de todos nós, mas também o nosso ponto de encontro...
No verão, sabemos que ali nos encontraremos todos e mataremos todas as saudades acumuladas ao longo do ano.
Um certo dia disse a uma amiga que ia passar minhas férias na serra, nesse lugar...
Ela ficou espantada por não ir para a praia...
Mas para nós este convívio, este reencontro vale todas as praias do mundo.
Esta aldeia representa as nossas raízes, a nossa identidade...é dali que nós vimos, é aquilo que nos caracteriza e nos une.
E como se sabe, sempre se volta à casa mãe.
Eu não nasci na aldeia, nem vivi a não ser nas férias ou fins de semana, mas sinto que é dali que eu sou.
Foi por vários amigos se sentirem nesta situação que se decidiu criar uma associação para dinamizar este cantinho que nos é tão importante.
Queremos criar um espaço em que os residentes possam encontrar-se e desenvolver actividades, onde possam partilhar momentos e conhecimentos.
Também se espera que eles transmitam esses saberes aos visitantes.
O convívio e a partilha são os objectivos desta associação.
E hoje é o primeiro dia....primeiro dia do resta da vida desta aldeia, da qual nos orgulhamos pela sua História e suas gentes genuínas.
O seu nome é Padroso.
Isabel, amada, diva linda de viverrr!!!
ResponderEliminarObrigada por palavras tão lindas...e sim, sinta-se uma privilegiada por ter seus pais, ainda, ao seu lado. Não importam as discussões, elas tornam nosso vínculo com eles mais e mais forte. Para mim, sou o que sou por conta da minha mãe (meu pai faleceu quando era muiiiiiito pequenina)e sinto sua falta da maneira mais presente e doída que jamais imaginei existir! Que aldeia linda essa? Lugares assim são, realmente, nossa história.
Beijuuss n.c.
Rê
www.toforatodentro.blogspot.com
Que saudades daquele fim-de-semana fantástico por Montalegre! Estas terras fazem bem à alma. As pessoas desta terra também!
ResponderEliminarBela imagem, gosto muito da paleta de cores. É tua?
Isabel, diva amada.
ResponderEliminarDeixei lá para você o meu: OBRIGADA!
Beijuuss n.c.
Rê
www.toforatodentro.blogspot.com
Querida amiga Isabel,
ResponderEliminarÉ bom constatar o interesse e a sensibillidade presente neste artigo. A importância das nossas raízes. Sempre digo que quem não sabe de onde vem, não sabe o que cá anda a fazer, muito menos sabe para onde irá.
Eu nasci em Lisboa mas com tenra idade fui para as Áfricas e me habituei às grandes dimensões dos espaços. Viver as cores, os cheiros dessa e de outras aldeias semelhantes, é sorver a natureza na sua mais pura e soberba forma. Ali, há tempo para olhar ao redor e sentir, interiorizar. Recarregar baterias, meditar...
A ideia da Associação, vai trazer a possibilidade da passagem de testemunhos importantes. Do convívio e da partilha das estórias ficará herança que de outra forma se perderia.
Felicito-vos pela ideia e que tudo corra bem no sentido da concretização.
Bem hajas e recebe o meu kandando amigo.
P.S. - Felizmente que este país tem algo mais do que praia, de que gosto muito, mas não basta!
Sara, a foto não é minha, mas era a que tinha por perto para juntar, mas prometo colocar umas da minha autoria ;)
ResponderEliminarRê e Kimbanda esta é uma aldeia bem no norte de Portugal...terra dos meus pais. Eu nem nasci nem vivo lá, mas é sempre bom lá voltar...mais na primavera e verão do que agora em que a neve está presente....
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